
Sempre que critiquei editoras (pequenas ou grandes) aqui na página, empresas que em geral não prestam bons serviços, logo surgiam os amigos de editores, os escritores sabujos de editores e o corporativismo editorial para me confrontar quase agressivamente. Não entram no mérito do debate. Restringe-se ao próprio umbigo. O tema é uma espécie de tabu. Até os autores combativos na política viram tchuchucas quando o assunto são as editoras. O escritor brasileiro só é solidário em causas genéricas, fora disso não é solidário nem no câncer.
Recentemente, soube de um autor cuja editora tentou censurar o texto porque o livro dele falava sobre um renomado banqueiro. Não percebi outros escritores se engajando no caso, em defesa da liberdade de expressão e da integridade do conteúdo. Todos viram avestruzes. Omissos. Como um escritor pode ser covarde? Para ser publicado? Para ganhar prêmios? Para não macular o marketing? Talvez, se o mercado de agentes literários no Brasil fosse mais diverso, não esse pequeno monopólio que é, os autores seriam menos medrosos.
Acreditar que pequenas e grandes editoras fazem um bom trabalho no Brasil é acreditar em uma mentira. Todas elas atuam como se prestassem um favor para a maioria dos autores, excetuando-se os midiaticos. Um autor covarde é sempre um escritor medíocre. E viva Zola.