Conto classificado entre os cinco primeiros colocados no último concurso do site Entre Contos.

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A literatura recente é feita de egos e marketing, um derrame de autores sem filtro em que só sobrevivem os melhores publicitários. Nas últimas semanas,
Taxistas contra multinacionais de transporte, um épico moderno.
Vivemos um tempo de perdas sequenciais que nos empurram a quedas emocionais incessantes. Estamos numa montanha-russa, experimentando a tragédia ininterrupta e inesperada de uma roleta-russa.
Brasil, um círculo do Inferno
Sobre o caráter decorativo da literatura brasileira.
Ademar tinha no sexo a derradeira aventura de sua vida e esta crônica é um capitulo do seu crepúsculo.
O sucesso é um conceito que nos remete a alguma virtude exclusiva de quem o alcança. No passado pode ter sido assim, mas os novos tempos reviraram as ideias.
Há pouco, terminei de assistir ao filme O Oficial e o Espião (J’accuse), do Polanski. Na minha modestíssima opinião de cinéfilo amador, o filme é um marco para o tempo em que vivemos.
Trancado em casa, a minha criatividade se vê contraída pelas paredes, portanto relevem qualquer reflexão repetitiva. A leitura é um esteio, um cajado em dias de treva.
Quarentena é acordar todos os dias sentindo-se como o Bill Murray no filme Feitiço do Tempo. Na rotina de penitenciária, os momentos mais gratificantes são os passeios pelo banheiro de casa.
Você pergunta se não me sinto só? O objetivo é esse, ficar imerso na solidão absoluta. Para não me acusarem de exagero, desço uma vez à cidade de dois em dois meses para sacar dinheiro, comprar mantimentos não perecíveis, vender alguns produtos orgânicos e deixar para oferta o artesanato que crio. Acredite, isso já basta para me lembrar da sensação sufocante que predomina naquilo que chamamos de civilização. Civilizados são os bárbaros domesticados e camuflados no eufemismo léxico.
Enfurnados em casa ou desamparados nas ruas, estamos todos preferindo o cárcere privado à exposição que pode causar consequências imprevisíveis. Nosso carcereiro é um vírus que nos confrontou com a perspectiva da morte, com a nossa fragilidade e impotência. A cada novo despertar, precisamos nos convencer que a ameaça é real, apesar de invisível.
Início dos anos 90, Copacabana pulsava com toda a sua opulência erótica. Boates, galerias, bares, praças, a vida noturna no regime mais democrático que havia no Rio. Eu costumava despencar da Tijuca ao Posto 6 para caminhar, ver gente, entrar em algum botequim e algumas vezes conviver com a fauna mundana que habitava a Discoteca Help, na Avenida Atlântica. Lembro dessas noites como flashs de luz ofuscando meus olhos.
Bishop e os equívocos da ideia de boicote à FLIP
Assisti ao último filme do diretor Ken Loach, que realiza o exercício de um cinema conectado com a realidade social e à transformação das referências
Comentários sobre o livro “Depois que descemos das árvores”, de Fernando Castilho.
Uma leitura do livro Diário dos vivos e outros escritos, de Edmilson Borret